Foco no cinema francês contemporâneo

As relações diplomáticas e culturais entre o Brasil e a França sofreram um forte golpe em 1998, quando Zidane acertou aquelas duas cabeçadas fulminantes nas redes de Taffarel e, além de pintar o mundo de azul, tomou a bola de ouro que era do Ronaldo. Naquela ocasião, nossa freguesia no futebol escrevia mais uma página dessa história que parece não ter fim.

 

De lá para cá, várias iniciativas de reaproximação têm sido arquitetadas, sendo algumas delas muito bem sucedidas. Por meio de um acordo entre os governos francês e brasileiro foi realizado em 2005 o Ano do Brasil na França, proposta de intercâmbio cultural, acadêmico e econômico, que se estendeu ao longo de todo ano, aumentando em muito o número de turistas franceses por aqui no período. Veio a Copa de 2006 e, de novo, medidas emergenciais precisaram ser tomadas. Nova rodada de negociações entre os governos e a reedição, em 2009, da agenda de eventos, dessa vez com o Ano da França no Brasil. Aparadas as arestas, mais uma vez, é hora de aproveitar a calmaria para perceber que há mais da França por aqui do que nos fazem crer os buffets, os filés, os garçons e os abajures. E que aquele país é muito maior que a Torre Eiffel e a sua produção incontável de intelectuais, vinhos e cartões postais.

 

O Festival Varilux de Cinema Francês, produzido pela carioca Bonfilm, chega a mais uma edição, e, dessa vez, ganha proporções continentais. Entre os dias 15 e 23 de agosto, a extensa programação que conta com 17 filmes, todos eles inéditos no Brasil, se distribuirá por 45 salas de cinema, em 33 cidades. Na edição anterior, o público superou a marca de 50 mil pessoas em 22 praças. A proposta visa estreitar os laços culturais e apresentar um panorama da produção cinematográfica francesa contemporânea, herdeira de grandes mestres dessa arte, e que atravessa um ótimo momento de crítica e público, depois de ver O artista abocanhar os principais prêmios no Oscar 2012. O destaque da programação fica por conta de Intocáveis, filme mais visto na França em 2011 e o mais rentável da história do cinema francês, mesmo em meio à crise que assola a Europa. Além dele, é possível ver Guillaume Canet, o diretor do excelente Até a eternidade, atuando em A vida vai melhorar, de Cédric Kahn, e a estreia do ator Daniel Auteuil como diretor em A filha do pai. Como se não bastasse, atores, atrizes e realizadores desembarcam no Rio de Janeiro para participar do festival, que conta ainda com a 1ª Oficina Franco-Brasileira de Roteiro Audiovisual.

 

Em BH, os filmes serão exibidos no Usiminas Belas Artes. Confira no site do festival se a sua cidade está no circuito.

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