Nova identidade, vida nova

Alterar marcas consolidadas no mercado e muito queridas por seus proprietários é um processo tão difícil quanto o de partir do zero na criação de uma identidade visual. Além de todos os cuidados na escolha da tipografia, na seleção da paleta de cores, no arranjo dos elementos e no aspecto conceitual que envolve a criação de uma marca forte, é preciso fazer com que a nova proposta dialogue com a sua antecessora e, mais do que isso, convença o cliente de que vale a pena praticar o desapego.

 

Nos últimos meses dois projetos semelhantes de revitalização foram desenvolvidos pela Ori+Usagi. Demandas parecidas, mas para perfis muito diferentes. O primeiro projeto foi para uma clínica oftalmológica, o segundo para um escritório de advocacia. Ambos tinham plena consciência de que os seus logotipos estavam datados e não representavam mais o atual estágio de desenvolvimento dos serviços prestados. Os clientes perceberam, intuitivamente, aquilo que muito guru da identidade visual diz por aí: a marca é uma extensão daquilo que eles são e daquilo que eles fazem. Por isso, ela precisa expressar os constantes esforços de atualização, que passam pela busca por novidades, pelo conhecimento adquirido, pelos avanços tecnológicos, pelos investimentos em infraestrutura, atendimento, etc. Resumindo, os clientes perceberam que suas marcas tinham ficado para trás.

 

Nos dois casos, o trabalho começou pela seleção dos elementos que caracterizavam mais fortemente as identidades visuais e que deveriam ser repensados na nova proposta. Para a Oftalmoclínica Dr. Arnaldo Castro, as formas foram simplificadas, o lettering separado do símbolo e as cores redefinidas, agora em um formato mais contemporâneo. Para servir de comparação, outras possibilidades de símbolos também foram apresentadas, assim como outras paletas de cores. Por fim, optou-se pela versão que mantém relação mais direta com a identidade anterior.

Antes

Depois

Para o escritório de advocacia André Faria o processo foi parecido. A tipografia utilizada apresentava os sinais da idade da marca. Foram mantidas as cores e o destaque das iniciais “AAF”, agora com uma disposição bem mais interessante e moderna. Em 2013, o escritório comemora 25 anos e, além da mudança de identidade, foi desenvolvido um selo comemorativo pela data.

Antes

Depois


compartilhe

Você também pode gostar de:

Encontrados em mais de 53 países, os caderninhos de notas Moleskine acabam de lançar as novas cores da linha 2013, com um stop motion feito pelo estúdio holandês do designer Rogier Wieland.   A Year in full colour é estrelado por quase 400 caderninhos, um rato que, segundo consta, foi tomado de empréstimo de um […]

O que você vê quando assiste um filme? A história, a interpretação dos atores? Além das peculiaridades narrativas e das atuações, a arte cinematográfica envolve um conjunto de conceitos e recursos técnicos e estéticos que nem sempre são percebidos pela maioria do público, mas que são igualmente importantes para a criação da obra e a […]